• "O TERRORISMO É UM GRANDE DESAFIO À PAZ E SEGURANÇA INTERNACIONAIS"


    A afirmação é o do Ministro das Relações Exteriores da República de Angola, S.E. Embaixador Téte António, ao intervir no Debate Aberto do Conselho de Segurança das Nações Unidas, no dia 21 de Janeiro, na sede da ONU, em Nova Iorque.

    Sob o tema: Counterterrorismo Liderado por África e Focado no Desenvolvimento: Fortalecimento da Liderança Africana e Implementação de Iniciativas de Combate ao Terrorismo, o debate inseriu-se no programa de trabalho da Argélia, presidente do Conselho de Segurança no mês de Janeiro.

    Na ocasião, o Chefe da diplomacia angolana afirmou que Angola acompanha com elevada preocupação a propagação do terrorismo e do extremos violento em várias regiões do mundo por comprometerem a implemantação da Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável e a Agenda 2063 da União Africana.

    Segundo o Ministro das Relações Exteriores, "hoje é consensual que o terrorismo representa um fenómeno complexo e transversal a todas às regiões do planeta, a mais séria ameaça à paz e segurança mundial, pois mina os valores e os princípios fundamentais do século XXI, incluindo o desenvolvimento sustentável, a democracia, os direitos humanos e as liberdades fundamentais.

    Nesta conformidade, reiterou que Angola defende a pertinência da implementação das Decisões da 16ª Sessão Extraordinária da Assembleia de Chefes de Esrado e de Governo da UA sobre Terrorismo e Mudanças Inconstitucionais de Governo, realizada em Malabo, Guiné Equatorial, a 28 de Maio de 2022, sob proposta de S.E. João Manuel Gonçalves Lourenço, Presidente da República de Angola, que analisou as causas e adoptou medidas para a prevenção e combate destes dois flagelos no continente.

    Lembrou que os líderes africanos sublinharam a necessiddade de se conjugarem esforços a nível regional e continental para combater o terrorismo e o extremismo violento, nomeadmente com a materialização do Plano de Acção para o Combate Robusto ao Terrorismo, maior partilha de informação e o reforço e criação de capacidades integradas do Centro de Combate ao Terrorismo da União Africana.

    Defendeu que as acções contra o terrorismo devem ser apoiadas com recursos finananceiros e apoio técnico e logistíco sustentáveis, nomeadamente por via do aumento de sinergias entre as Nações Unidas e a União Africana, em particular na mobilização de fundos no âmbito da implementação da Resolução 2719 sobre o financiamento das operações de paz lideradas pela organização continental africana.

    Ao longo da sua alocução, o Minstro das Relações Exteriores observou que a situação é particularmente critíca, segundo o índice do Terrorismo Global de 2024, o epicentro do terrorismo deslocou-se do Médio Oriente para a região do Sahel Central, África Subsariana, sendo agora rsponsável por mais de metade de todas as mortes causadas por este flagelo.

    Salientou, por outro lado, que o terrorismo tende a desencorajar o investimento privado e a estimular a emigração dos jovens africanos para outras partes do globo, ameaçando deste modo o desenvolvimento económico e social do continente e as perspectivas de bem -estar dos nossos povos.

    Apontou a necessidade do reforço dos mecanismos existentes, tais como a Comissão do Golfo da Guiné, que tem a sua sede na República de Angola, bem como outras iniciativas relacionadas com o Atlântico Sul, nomeadamente a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, Cooperação dos Estados Africanos do Atlântico, assim como a parceria para a Cooperação Atlântica.

    No Final, reiterou que Angola condena o terrorismo em todas as manifestações e defende a necessidade de se encontrarem soluções adequadas, sustentáveis e previsíveis de financiamento para suster os esforços glonais e complementares de combate ao terrorismo.